Lava Jato: Segundo investigação, Bendine teria recebido cerca de R$ 3 milhões em propinas enquanto atuava na presidência da Petrobras.
Mais um desdobramento da Lava Jato. O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, foi denunciado nesta terça-feira (22). Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e por atrapalhar as investigações.
De acordo com investigadores do Ministério Público Federal do Paraná, ele recebeu cerca de R$ 3 milhões em propinas enquanto atuava na presidência da estatal.
Outros envolvidos
Além de Bendine, preso desde o dia 27 de julho na 42ª fase da Lava Jato, outras seis pessoas foram indiciadas. Entre elas, o empresário Marcelo Odebrecht.
Os procuradores pediram 25 anos de prisão para Bendine, pelos quatro supostos crimes. Substituindo Graça Foster, ele ficou na presidência entre fevereiro de 2015 e maio de 2016. A missão era parar com a rede de corrupção revelada pela Lava Jato. Mas, segundo o MPF-PR, os pedidos de propina continuaram.
Em coletiva de imprensa, os procuradores informaram que a ex-presidente Dilma Rousseff não foi citada no processo. A razão foi não terem sido encontradas provas de que ela tenha participação do caso.
Prisão de Bendine
Na mesma data em que foi preso, 27 de julho, Bendine teve R$ 3.417.270,55 bloqueados.
Quatro dias depois, a defesa de Bandine protocolou um recurso de apelação contra a decisão de sequestro e indisponibilidade dos bens e valores do cliente.
Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, havia decretado o bloqueio de até R$ 3 milhões mantidos em contas e investimentos bancários dos alvos desta operação. A Justiça Federal explicou que a ordem de bloqueio foi enviada simultaneamente às instituições bancárias ou de investimentos.
No caso do bloqueio superior ao estipulado, como ocorreu com o ex-presidente da Petrobras, o excedente é liberado por decisão judicial.