“Economia Brasileira: conjuntura, perspectivas e seus impactos no Espírito Santo”. Esse foi o tema da palestra realizada pelo economista e ex-governador do estado de São Paulo, José Serra, no dia 18 de julho, no Teatro do Sesi, em Vitória. O evento, que surgiu após um convite do presidente da Findes, Lucas Izoton, reuniu mais de 300 pessoas.

Vários tópicos amplamente debatidos nos últimos meses entraram na pauta de Serra: de Fundap aos royalties do petróleo, da infraestrutura da logística à valorização da moeda brasileira. Os assuntos, aliás, começaram a ser discutidos antes da palestra, já que o político deu uma entrevista coletiva para imprensa capixaba.

Quando perguntado a respeito sobre o gargalo da logística no Espírito Santo, e a importância de investimentos para melhorar o escoamento da produção dos mais diversos setores da economia local, Serra foi enfático. “O Espírito Santo precisa de um porto a altura. O Estado tem hoje um dos piores portos do Brasil, inclusive compete em matéria de precariedade com o de Salvador. É o cúmulo, dada a importância do Estado. Aeroporto, estradas… está faltando tudo aqui. E dá para fazer, com 2% ou 3% do que custaria esse ‘alucinado’ trem-bala, se resolveria rapidamente os problemas do Espírito Santo: porto, aeroporto e estradas. Falta no Brasil sentido de prioridade. Aqui os investimentos teriam retorno – económico e social – elevadíssimo”, disse.

Quem também falou não só sobre a sobre o evento, como também da economia capixaba, foi Lucas Izoton. “A Findes tem convidado personalidades, autoridades e empreendedores para o debate de temas focados na economia e na indústria do Espírito Santo. É uma grande oportunidade tratar com José Serra, assuntos que são importantes, como reforma tributária, infraestrutura, royalties, câmbio, Fundap entre outros”, declarou.

Segundo ele, a economia capixaba cresceu nos últimos anos bem acima da média brasileira e continua estruturada para um forte crescimento na próxima década. Teremos R$ 100 bilhões de investimentos para os próximos cinco anos, o que deve gerar 150 mil empregos diretos na indústria. “O nosso Estado vive um momento de quase pleno emprego, as perspectivas são boas não apenas na commodities como minério, aço e celulose, mas em pontos como extração de gás e petróleo, construção civil, alimentos e bebidas, moveleiro, moda e outros que estão se iniciando”, acrescentou.

“Acredito muito na economia do Espírito Santo e estou certo de que, cada um a sua maneira, vamos contribuir para que o Estado seja sempre um ótimo local para se viver, visitar, investir e trabalhar”, frisou o presidente da Findes.

Clique aqui e confira a galeria de fotos do evento.