Chamado Ultromics, o sistema de inteligência artificial foi treinado para identificar problemas em potencial
Pesquisadores de um hospital em Oxford, no Reino Unido, desenvolveram uma inteligência artificial que pode diagnosticar doenças cardíacas, além do câncer de pulmão. O sistema, que pode economizar bilhões de dólares em gastos anuais com serviços de análises de patologias, poderá ser um grande aliado na descoberta precoce desses males.
No caso das doenças cardíacas, a inovação criada pelo hospital John Radcliffe faz um diagnóstico mais preciso, identificando detalhes invisíveis ao olho humano. Atualmente, os cardiologistas conseguem dizer se há algum tipo de problema a partir do ritmo do coração que é identificado nos exames.
Para avaliar a eficiência da tecnologia, foram realizados testes clínicos em seis unidades cardíacas. Mesmo que os resultados ainda precisem ser checados por mais especialistas, o cardiologista Paul Lesson, que desenvolveu o sistema, afirma que a técnica superou e muito a performance dos médicos. “Como cardiologistas, aceitamos que nem sempre acertamos. Mas, agora, há a possibilidade de fazer melhor”, afirma Leeson.
CÂNCER DE PULMÃO
Outro sistema de inteligência artificial que se encontra em desenvolvimento busca por sinais de câncer no pulmão, detectando se os nódulos são benignos ou se podem se tornar tumores, sem a necessidade de demais exames para acompanhar o seu progresso. De acordo com o diretor ciência de tecnologia, Timor Kadir, os testes feitos em Manchester apontam que mais de 4 mil casos podem ser diagnosticados precocemente, aumentando assim, as chances de sobrevivência destes pacientes.
“Em um sistema de recursos limitados como o NHS, em vez de nos concentrarmos na economia de custos, estamos investigando como oferecer um serviço de saúde melhor para as pessoas com o mesmo dinheiro. Esse é o potencial da inteligência artificial no Reino Unido”. Até o momento, não há previsão para chegada deste tipo de diagnóstico no Brasil.