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quinta-feira, 28 março, 2024

Governo destaca ações para evitar bloqueios em Brejetuba

Secretários garantem que serviços essenciais continuam funcionando

O prejuízo para produtores e a população só aumenta. Por isso, nesta terça-feira (29), os secretários de Estado da Agricultura e da Segurança Pública concederam uma coletiva de imprensa, no Palácio Anchieta, para falar sobre as ações que estão sendo realizadas para evitar os prejuízos principalmente ao município de Santa Maria de Jetibá, causados pela greve dos caminhoneiros, que chega ao nono dia.

O secretário de Agricultura, Ideraldo Luiz Lima, disse que o Estado não consegue passar o valor total de prejuízos, pois ainda não foi declarado o fim do movimento, mas que “a sociedade precisa entender que esse movimento causa transtornos a todos, em geral, e que a quantidade de perda de alimentos causará transtornos mais tarde”.

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O diretor executivo da Associação de Avicultores e Suinocultores do Espírito Santo, Nélio Hand, também participou da coletiva e disse que o Estado possui pouca ração para alimentar os animais. “Fazendo uma conta por alto, se juntarmos tudo o que temos no estoque das granjas ainda temos um estoque para dez dias. Vamos trabalhar prioritariamente para que os insumos cheguem até lá”, garantiu.

Nélio disse ainda que a perda de carne animal será muito grande, caso os insumos não cheguem às granjas. “Se usarmos a lógica, até um pintinho ser colocado em uma estufa e chegar ao tempo de abate demora, em média, 72 dias. Já o porco, o tempo é de 150 dias. Não podemos mensurar o quanto a nossa sociedade pode ficar sem essas proteínas no mercado”, destacou.

Além disso, vários aspectos de saúde pública estão envolvidos. “Com elevada mortalidade desses animais, não teremos espaço suficiente para colocá-los, o controle sanitário será reduzido e não haverá como resguardar a saúde do consumidor, entre outras situações”, frisou o diretor executivo.

Prejuízos

Segundo a Prefeitura de Santa Maria de Jetibá, o prejuízo na cidade, que é a maior participação de avicultura no PIB capixaba, o prejuízo pode chegar a R$ 300 milhões. O município conta com 500 avicultores.

Carretas que saíram vazias do município para buscar ração para aves em Uberlândia, em Minas Gerais, nessa segunda-feira (28) seguiam parados nos acostamentos na altura de Brejetuba ainda nesta terça-feira (29).

O secretário de Segurança Pública, Nylton Rodrigues, informou que “nesta tarde, a PM não usou a força, nos pontos de interdição da BR-262, para liberar a passagem de um comboio com 47 carretas que trariam ao Estado insumos para produção de ração. Tivemos um problema em Brejetuba, com um ponto de manifestantes”.

O secretário ressaltou que a Polícia Militar imediatamente iniciou negociações, que não evoluíram. “A PM dialogou exaustivamente. Então, a nossa Companhia Independente de Missões Especiais foi acionada e se posicionou para desobstruir a manifestação, uma vez que estamos lidando com uma possível morte de 30 milhões de aves. Porém, aqueles que nós estávamos escoltando, ao perceberem que a Polícia Militar faria uso de força, decidiram retornar antes da PM atuar. Foi por isso, então, que a PM não atuou mais. Que isso fique bem claro”, disse.

Paralelamente, o Governo do Estado conseguiu a liberação de dois depósitos na Conab que possuem 6 mil toneladas de milho e farelo de soja que atendessem emergencialmente.

Ele afirmou que até esta terça-feira (29), foram identificados 26 pontos ocupados pelos manifestantes, que não estão bloqueando as estradas, e 7.600 caminhões parados. Ao todo 75 viaturas da PM estão envolvidas nas escoltas para que os produtos essenciais não deixem de chegar até a população.

“É importante destacar que várias secretarias estão atuando para garantir que os produtos essenciais continuem chegando. O transporte público, escolas, sistema penitenciário, hospitais e serviços essenciais estão funcionando. Hoje a PM está focando nas escoltas no gás de cozinha para que chegue aos seus destinos”, finalizou o secretário de Segurança Pública.

 

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