O governador Paulo Hartung e o secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, visitaram na manhã da última terça-feira (21), as obras de duplicação do Hospital Estadual São Lucas. O novo prédio já está 90% executado e em fase final de acabamento, com o revestimento das paredes e finalização de instalação da rede elétrica, necessária para os equipamentos. Durante a visita foram autorizadas as obras de um dos edifícios-garagem do Hospital.

O secretário ressaltou o planejamento para tornar o São Lucas a maior referência em trauma do Estado. “Começamos a pensar a reestruturação dos hospitais da rede própria pelo São Lucas. Embora sempre recebesse pacientes que não eram vítimas de trauma, e muitas vezes até casos não urgentes, desde aquela época já queríamos transformar a unidade no maior hospital de trauma do Espírito Santo”.

Tozi explicou algumas características do projeto: “O básico da duplicação da unidade é possibilitar que os atendimentos sejam exclusivamente voltados ao trauma, principalmente acidentes de trânsito com motos. O Hospital está sendo adequado para isso: duas ambulâncias poderão acessar ao mesmo tempo o setor de emergência, haverá heliponto e sala de choque, com capacidade para duas cirurgias simultâneas. Tudo feito para dar a resposta o mais rápido possível ao paciente”.

Anselmo Tozi ainda complementou que as obras do prédio novo já estão em fase final e lembrou que após esta etapa será realizado todo o processo para que as obras continuem no prédio antigo do São Lucas. “Vencida a primeira etapa das obras, que é o prédio da visita de hoje, começamos as transferências para o Hospital da Polícia Militar. Nós desocupamos o prédio antigo e vamos licitar o projeto das obras de melhoria, adequação e integração deste prédio”, concluiu.

As obras
As obras no Hospital Estadual São Lucas tiveram início em fevereiro de 2008 e estão sendo fiscalizadas pelo Iopes. O prédio atual será duplicado, passando de 7.400 para 15.900 metros quadrados. O novo espaço físico permitirá aumentar o número de leitos para 234. Destes, 70 serão de UTI. O centro cirúrgico passará de quatro para oito salas. O Hospital terá ainda um heliponto integrado ao pronto-socorro.

Com o fim das obras, todo o espaço no térreo do novo São Lucas, que se estende da Avenida Vitória até a Avenida Beira-Mar, será destinado ao pronto-socorro, com recepção e acolhimento com classificação de risco. As mudanças permitirão à unidade se especializar ainda mais em traumas, tornando-se a maior referência na área no Espírito Santo. Os investimentos na ampliação ultrapassam os R$ 41 milhões, entre obras e equipamentos.

Diversos equipamentos serão adquiridos para reestruturar o São Lucas, como aparelhos de tomografia, raio X fixo e móvel, arco cirúrgico, endoscópio, broncoscópio, ultrassom e ecocardiograma para o Centro de Diagnóstico. O projeto prevê, ainda, a aquisição de equipamentos para cirurgias de alta complexidade, como laparoscópio, broncofibroscópio e microscópio cirúrgico.

Novidades
Após o término das obras, a novidade é que o Hospital contará com dois edifícios-garagem. Um deles, cujo início das obras foi autorizado nesta terça (21), será erguido em um terreno de 870 metros quadrados anexo ao São Lucas, na esquina da Avenida Vitória com a Rua Raimundo Nonato, no bairro Forte São João, em Vitória.

Com uma área construída superior a 5,2 mil metros quadrados, o prédio contará com seis pavimentos com garagens cobertas além de um terraço com garagens descobertas. Ao todo, serão disponibilizadas 166 vagas, sendo 138 para carros e 28 para motos.
O acesso aos andares será feito por rampas e haverá ainda um elevador com capacidade de 10 pessoas, além de escada. O edifício-garagem receberá um investimento de R$ 4,2 milhões.
O prédio onde está prevista a construção do heliponto também será aproveitado como edifício-garagem e ficará na esquina da Rua Raimundo Nonato com a Avenida Beira-Mar.

Cem dias
Na última quinta-feira (16) fez cem dias que os serviços de pronto-socorro do Hospital Estadual São Lucas foram transferidos para as dependências do Hospital da Polícia Militar (HPM). Durante este período, pela primeira vez, o São Lucas passou a ter a maioria dos seus leitos ocupados por pacientes vítimas de trauma – aproximadamente 60%.

Vale lembrar que a unidade é referência neste tipo de atendimento, por isso, a meta é chegar a 100%. O feito deve-se a um planejamento da Secretaria de Estado da Saúde, o que incluiu a definição dos perfis de atendimento dos hospitais da rede, a implantação do acolhimento com classificação de risco e ao trabalho da central de regulação de leitos.