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sábado, 20 abril, 2024

Janot rescinde acordo de delação com Joesley e Saud

PGR afirma que Temer incentivou Joesley a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro. 

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decide rescindir acordo de colaboração de Joesley Batista e Ricardo Saud e oferecer denúncia contra eles por obstrução de Justiça. Os delatores da JBS estão presos provisoriamente na carceragem da Polícia Federal em Brasília.

A decisão está nos documentos apresentados ao STF (Supremo Tribunal Federal) que integram a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Desa vez, pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A denúncia se baseia nas delações premiadas de executivos da JBS e do corretor de valores Lúcio Funaro, apontado como operador do PMDB.

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Razões contra Joesley e Saud

Segundo a Procuradoria, Temer incentivou Joesley a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro. Posteriormente, Funaro firmou um acordo de colaboração que serviu como base para a denúncia.

“Com relação à organização criminosa, os fatos praticados pelos ora denunciados
remontam à atual gestão do presidente da República Michel Temer. Nesse sentido,
há fatos envolvendo diretamente o presidente na cobrança de propina a executivos
da J&F, que ensejaram o oferecimento da denúncia encartada nos autos
4517/STF”, afirma.

Janot pediu ao Supremo que as acusações contra Joesley e Ricardo Saud sejam
desmembradas e enviadas à primeira instância da Justiça Federal no Paraná.
No texto, Janot afirma que uma parte das provas que dão sustentação às denúncias
foi obtida a partir dos acordos de colaboração firmados com Joesley Batista e
Ricardo Saud e devidamente homologados pelo Supremo Tribunal Federal.

Segundo o texto da denúncia, Janot “concluiu que houve omissão deliberada, por parte dos referidos colaboradores, de fatos ilícitos que deveriam ter sido apresentados por ocasião da assinatura dos acordos”. Por isso, a rescisão destes ajustes. “… mas isso não limita a utilização das provas por eles apresentadas”, inclui o procurador.

PMDB

Além de Temer, são acusados outros seis peemedebistas. Os ministros
Eliseu Padilha (casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da República); os ex-deputados Eduardo Cunha, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Alves. Além do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

A apresentação da denúncia é um dos últimos atos de Rodrigo Janot à frente da
PGR (Procuradoria Geral da República). Ele deixará o cargo no domingo (17),
quando será oficialmente substituído por Raquel Dodge.

“Enquanto houver bambu, lá vai flecha”. No dia 1º de julho, o procurador havia afirmado que mesmo no final do mandato, continuaria ofertando denúncias se as investigações conduzidas assim exigissem.

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