O cartão de crédito continua sendo o principal meio para a contração de dívidas entre as famílias de Vitória.
A inadimplência das famílias de Vitória bateu novo recorde e registrou o maior nível de toda a série histórica. Iniciada em 2010, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) mostra que a situação atinge 58,8% do total das famílias na capital. A taxa de endividamento também subiu.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o percentual está 7,7 pontos percentuais acima. Já o percentual das famílias que afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso permaneceu em 8,2%. A pesquisa foi divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
Confira os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).
Em outubro, o endividamento atingiu 78,6% das famílias de Vitória. O índice cresceu 1,2 pontos percentuais do registrado para o mês de setembro. Porém, quando comparado com outubro de 2016, cresceu em 9,8 pontos percentuais. O valor, em outubro de 2017, corresponde à cerca de 100 mil famílias da capital.
O presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, comenta que a recuperação do mercado de trabalho influencia diretamente na capacidade de pagamento das famílias. “Ainda existem dificuldades por parte das famílias de equilibrar as contas mensais. Nesse contexto, a retomada dos empregos e das perspectivas são os pontos-chave”, destaca.
Sepulcri explica que endividamento é diferente de inadimplência. O endividamento diz respeito a parcelas que estão em dia ao parcelamento da aquisição de um produto. Já a inadimplência se dá a partir do atraso dessas parcelas.
Dívidas
O cartão de crédito continua sendo o principal meio para a contração de dívidas entre as famílias de Vitória. O serviço representa 61,7% e avançou 6,3 pontos percentuais em outubro, em relação a setembro.
Em segundo lugar aparece o cheque especial com 39,9% das famílias da capital. A utilização do crédito pessoal e dos carnês ficou em terceiro e quarto lugares representando, respectivamente, 38,5% e 37,9% das dívidas das famílias.