Com a instalação da indústria de extração do óleo de pinhão-manso, em Colatina, cresce a expectativa sobre a produção de uma alternativa de energia limpa em terras capixabas.
Uma área de 100 mil m² já foi adquirida próximo da estação Rodoferroviária do município de Baunilha, um ponto considerado estratégico, já que possibilitará à produção de óleo ser levada para o Porto de Vitória e, de lá seguir para o grupo API, um dos maiores distribuidores de petróleo e energias renováveis, na Itália.
Segundo o diretor da Nòvabra Energia, Pedro Burnier, a empresa já está trabalhando com orçamentos para a aquisição de equipamentos e devem ser investidos entre R$ 30 e R$ 40 milhões para a sua construção, prevista para começar no próximo ano. Na Itália, o óleo do pinhão-manso se transformará em energia limpa, utilizado como biodiesel pela API, que consome 200 mil toneladas/ano de óleo vegetal. “A produção daqui representa ¼ da necessidade do grupo e foi justamente por isso que a área em Colatina foi comprada. A produção é para consumo próprio da API e a safra que está plantada pelos produtores do Estado já está comprada o que representa um grande desenvolvimento e segurança para a agricultura familiar”, destacou Pedro.
A produção de energia limpa gera empregos e impulsiona o desenvolvimento dos municípios onde o pinhão-manso é plantado. Apenas no primeiro semestre de 2011, o preço de aquisição do grão de pinhão-manso pela Nòvabra é de R$ 0,42 por quilo. Os produtores estão comemorando a valorização do grão, que teve um aumento de 40% em relação ao ano passado, quando apresentou o preço de R$ 0,30 o quilo.
No Espírito Santo, 17 municípios já participam do programa focado na produção de pinhão-manso: Água Doce do Norte, Águia Branca, Baixo Guandu, Governador Lindenberg, Itaguaçu, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos, São Roque, Barra de São Francisco, Itarana, Laranja da Terra, Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Santa Teresa e Vila Pavão.