Hartung ressaltou que a abertura da própria sede do Poder Executivo à visitação possui um simbolismo relevante. “Esse espaço pertence ao cidadão capixaba. O Palácio restaurado traz a conexão de um mutirão transformador ligado em valores que são caros na caminhada civilizatória, entre eles os valores da democracia e da República”, afirmou.

Hartung salientou que a exposição de Michelangelo, assim com as exposições anteriores, de Charles Darwin e Leonardo da Vinci, está conectada com as escolas públicas e privadas do Estado. “Essas exposições são verdadeiras salas de aula. Precisamos tornar a educação atrativa, desburocratizar a sala de aula. Uma exposição como essa representa mais um passo nesse sentido” pontuou.

A secretária de Estado da Cultura, Dayse Lemos, ressaltou a movimentação cultural pela qual o Espírito Santo tem passado. “A chegada da exposição é mais uma prova da inclusão do Espírito Santo na rota de exposições internacionais, visto que além de Michelangelo, o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo, Maes, receberá uma mostra de gravuras do pintor holandês Rembrandt. Sempre falo que o espaço expositivo é contemplativo, mas possibilita a discussão a partir da compreensão do que é a arte na vida das pessoas. Nesse sentido estamos trilhando um caminho bonito no Estado”.

Já o presidente do Instituto de Ação Social e Cultural SINCADES, Idalberto Moro, afirmou que “lendo a história de Michelangelo percebemos que ele não sobreviveria sem apoio institucional. Seguimos o exemplo desse grande artista. Nossa parceria com a Secult reflete a condição de evolução de um Estado que vê como temas urgentes a cultura e a educação”.

A exposição conta com seis desenhos originais de Michelangelo que fazem parte do acervo da Fondazione Casa Buonarroti, de Florença. A coleção, de 1534, é chamada “Studio Di Figure In Movimento” e mostra um grupo de jovens em movimento. Inéditos no Brasil, eles deixam a Itália pela primeira vez para serem expostos somente em solo capixaba.

Além dessas preciosidades, a mostra tem 25 obras de gesso da escultura renascentista, com uma importante coleção do grande mestre do renascimento florentino e também peças de artistas contemporâneos de Michelangelo – como Jacopo della Quercia e Andrea Verrocchio – e de seus seguidores, a exemplo de Gian Bernini e Vincenzo Danti. As peças foram produzidas pela Gipsoteca de Firenze, depositária dos moldes originais de autoria de Michelangelo, a partir dos quais foram feitas as obras expostas em Vitória. Também fazem parte da mostra dez gigantografias, que são grandes painéis cenográficos de Aurelio Amendola, fotógrafo italiano, especialista em Michelangelo.

Quem quiser saber mais sobre Michelangelo e a época em que ele viveu pode participar de um ciclo de palestras gratuito, que será realizado durante o período em que a exposição estiver em Vitória.
As palestras serão sempre às 14 horas, nos dias 17 e 31 de março e 14 e 28 de abril, no auditório da Rede Gazeta. As inscrições estão abertas no site www.premium.srv.br/exposicaomichelangelo. As vagas são limitadas.

Serviço:
“A Beleza na Escultura de Michelangelo”
– Local: Salão Afonso Brás, Palácio Anchieta
– Endereço: Praça João Clímaco, s/n, Cidade Alta, Centro, Vitória – ES
– Data: de 10 de março a 09 de maio
– Entrada franca
– Horários de visitação: Terça a sexta – 10 às 18 horas. Sábados, domingos e feriados – 12 às 18 horas
– Agendamento de grupos: online no site www.premium.srv.br/exposicaomichelangelo
Serviço atividades paralelas:
Quarta-feira (17)
Horário – 14 horas
Palestra – “Michelangelo: o ser Transdisciplinar”
Palestrante – Olívio Guedes, diretor do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) e sócio da Slaviero e Guedes Galeria de Arte
Quarta-feira (31)
Horário – 14 horas
Palestra – “Ouvir a arte: ruído versus som”
Palestrante – Edson leite, professor de pós-graduação na USP. Foi regente da Orquestra do Instituto Hans Staden. Realizou concertos como organista com a Orquestra da UNESP. É autor de vários trabalhos publicados, com destaque para o livro de Madalena Tagliaferro.
Quarta-feira (14 de abril)
Horário – 14 horas
Palestra – “A arte secreta de Michelangelo”
Palestrante – Gilson Barreto, médico formado pela Unicamp, especializado em cirurgia oncologica, diretor do Centro de Oncologia, escritor e membro da Academia Campinense de Letras.
Quarta-feira (28 de abril)
Horário – 14 horas
Palestra – “Sabores do Renascimento”
Palestrante – André Boccato, fotógrafo de formação, dedicou-se a edição de livros de arte e em especial a gastronomia, onde atua até hoje como Chef de cozinha experimental e editor de culinária.