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quinta-feira, 28 março, 2024

Espírito Santo é o pioneiro a oferecer tratamento de esclerose múltipla

Espírito Santo é o pioneiro a oferecer tratamento de esclerose múltiplaO neurocirurgião do Hospital Meridional, Élcio Machado, foi à Itália conhecer novos tratamentos para curar a esclerose múltipla, doença crônica e degenerativa do sistema nervoso central. Depois de descobrir o tratamento com indicação cirúrgica, decidiu implantar a técnica no Espírito Santo. O novo tratamento promete melhorar a qualidade de vida dos portadores da esclerose múltipla, doença degenerativa e crônica que ataca o sistema nervoso central. Foi Desenvolvido pelo cirurgião vascular italiano Paolo Zamboni, em parceria com o neurologista Fabrizio Salvi.

O tratamento consiste em uma cirurgia vascular para aumentar a capacidade venosa do cérebro. Antes dessa técnica a medicina nunca encontrou indícios de cura e os recursos terapêuticos ainda à disposição têm efeitos colaterais adversos. “Esse tratamento muda completamente a visão do fator de causa da esclerose múltipla. A cirurgia corrige problemas circulatórios encontrados nos pacientes. Antes dessa teoria, a neurologia nunca encontrou um fator para causa da doença”, explicou Élcio Machado.

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De acordo com Élcio Machado, a nova técnica nada mais é que uma intervenção via endovascular, ou seja, a introdução de um cateter na veia do paciente para viabilizar a passagem do sangue, melhorando a condição do doente. “O estudo de Zamboni mostrou que todas as pessoas com esclerose múltipla têm algum tipo de problema envolvendo as veias que drenam o cérebro, a medula espinhal ou ambos”, contou.

O médico explicou que esse tratamento já é realizado para outras doenças vasculares. “Mas a grande revolução é a nova explicação dos mecanismos que desencadeiam a esclerose. Assim, o plano de tratamento agora consiste em exames pré-operatórios. Confirmadas as lesões vasculares, a cirurgia é indicada”, esclareceu Élcio Machado.

Comprovação

O estudo já foi publicado em 2009 e os resultados são de curto prazo e ainda é tema de debate entre a comunidade médica. Centros de pesquisa e cirurgia de todo o mundo já começaram a realizar a intervenção. Élcio Machado explicou que a indicação dessa cirurgia para tratar a esclerose múltipla é recomendada aos pacientes nos quais as lesões vasculares encontradas justificam a doença.

“A esclerose é complexa e, muitas vezes, com evolução crônica o resultado dessa cirurgia é proporcional as sequelas que o paciente obteve. Isto porque, as lesões neurológicas antigas podem ser de recuperação lenta. A maioria dos pacientes relata que é muito evidente a melhora da fadiga e das dores crônicas. Outros déficits neurológicos podem melhorar a curto prazo, mas depende da proporção ao tempo de evolução e da gravidade da doença”, informou.

 

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