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sexta-feira, 19 abril, 2024

Escritório virtual: solução rápida e econômica

Ideal para atender à necessidade das empresas de acordo com a demanda

Imagine um lugar onde os profissionais podem chegar para trabalhar sem se preocupar em providenciar toda a estrutura física e contratar pessoal. Ele já existe: é o escritório virtual. Essa opção está dando tão certo que muitas empresas e profissionais autônomos aderiram a ela. E não pense que só os pequenos negócios. Para aumentar a capilaridade para outros locais, empresas de médio e até de grande porte utilizam o aparato dessa conveniente modalidade de prestação de serviço.

Com o pagamento de uma taxa mensal, dá para garantir desde o domicílio fiscal e comercial até a utilização de um espaço adaptável à necessidade do momento, que pode ser uma simples sala de escritório por três meses a auditórios para palestras de duas horas, passando por serviços como de telefonista e secretária, chegando até a responsável pelo cafezinho.

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“Nós oferecemos aos clientes o direito de a empresa utilizar nosso endereço físico para abrir e manter o negócio. Tudo é regulamentado perante a prefeitura” Renato Mizzetti, proprietário da Grande Vitória Office

A ES Brasil pesquisou esse novo conceito de prestação de serviço nesta terceira reportagem da série “Trabalho 4.0”, que aborda as mudanças no mercado profissional proporcionadas pela rapidez dos avanços tecnológicos e pelas necessidades criadas durante a crise econômica, que levaram milhares de profissionais a se reinventar.

Conveniência

Com dois sócios e três funcionários, a ADM Brasil Consultoria está instalada dentro de uma empresa de escritório virtual, em Vitória. Segundo Marco Aurélio Silveira, consultor e sócio, o modelo atende perfeitamente ao negócio. “Nós não paramos no escritório. Estamos sempre no local de trabalho do cliente”, conta ele a respeito da natureza de seu trabalho.

A empresa escolheu não ter um escritório próprio para não precisar arcar com todo o custo da estrutura, pagar funcionário para estar sempre no local recebendo equipes de fiscalização ou atendendo clientes e fornecedores. “É muito mais vantajoso. Imagine se tivéssemos que montar uma sala, que ficaria o tempo todo parada, para usarmos de vez em quando. Com o escritório virtual, já está tudo limpo e organizado para atender à nossa demanda”, explica ele.

O empresário Laercio Figueiredo é dono de uma plataforma de gestão de abastecimento de combustível, a Gekom. Para ele, a principal vantagem do modelo é a conveniência. “Tudo está pronto para a gente entrar e começar a trabalhar no mesmo dia. Não é necessário, por exemplo, contratar serviços de energia, internet, limpeza, café, nem comprar móveis de escritório, impressora ou ar-condicionado”, lista.

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Fonte: Entrevistados e Sebrae

Além disso, Figueiredo considera que o trabalho em escritório virtual estimula o networking por juntar em um mesmo espaço diferentes profissionais e empresas de vários segmentos e ramos. “É impressionante como conhecemos pessoas com experiências diferentes. Podemos contratar serviços de outros profissionais, criar parcerias ou simplesmente trocar conhecimentos. Isso ajuda muito”, conta.

História

A modalidade de escritório virtual surgiu no Brasil na década de 1990. Foi impulsionada pela necessidade das empresas multinacionais de terem estruturas flexíveis. Elas voltavam ao país após a abertura econômica. De acordo com informações do Sebrae, existem pelo menos 500 escritórios virtuais no Brasil contabilizados pela Associação Nacional dos Centros de Negócios e Escritórios Virtuais (ANCNev). O faturamento desses empreendimentos cresceu numa taxa de 50% ao ano, principalmente após a crise econômica de 2008.

Há quatro anos, Renato Mizzetti fundou a Grande Vitória Office, na Ilha de Santa Maria. “Há 15 anos, eu assisti a uma reportagem no programa ‘Pequenas Empresas Grandes Negócios’ e vi a possibilidade do escritório virtual já acontecendo em São Paulo. Como trabalhava com contabilidade, fiquei impressionado e gostei da ideia”, relembra.

Para abrir uma empresa atualmente, é preciso investir em um espaço, o que gera um custo de aluguel. O investimento costuma ser alto, mesmo não tendo funcionário. “Nós oferecemos aos nossos clientes o direito de a empresa utilizar o nosso endereço físico para abrir e manter o negócio. Tudo é regulamentado e, perante a prefeitura, está tudo legalizado. Nós funcionamos como prestadores de serviço”, explica.

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Fernando Pimenta é proprietário da Nest Coworking, que opera desde 2015 em Vitória. Para ele, a contratação do escritório virtual traz benefícios para as empresas. “Além da possibilidade de a pessoa registrar a empresa na prefeitura ou para endereço comercial, o cliente poderá inserir as informações de endereço no site e nos cartões de visita”, comenta.

Ele acredita que as pessoas buscam o modelo de trabalho porque ele dispensa investimento inicial. “O escritório já está todo pronto. Então, o cliente não precisa investir em estrutura física. Ele chega e trabalha”, considera. “Outra vantagem é que a pessoa foca o trabalho dela, sem precisar se preocupar se a internet está boa, se o escritório está limpo e se o café está pronto. A estrutura fica ao nosso cargo”, diz. Pimenta garante que o custo mensal é muito mais barato do que alugar e manter uma sala.

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