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sexta-feira, 29 março, 2024

Equipe de natação paralímpica capixaba disputa campeonato brasileiro

Durante o inverno, os atletas treinaram na piscina do Clube dos oficiais da Polícia Militar

Atletas da equipe paralímpica da ACPD Esportes, núcleo da Prefeitura no Álvares Cabral viajam para São Paulo, nesta sexta-feira (04), para disputar o campeonato brasileiro da modalidade, neste sábado (05) e domingo (06). As provas serão realizadas no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.

Laís Amorim, Patrícia dos Santos, Sthephany Nobre, Nathália Torezani, Marcos Vinícius Barcellos (Marquinhos) e Valdir Alvarenja Junior (Tiozinho) disputarão o Circuito Brasil Caixa Loterias Fase Nacional sob o comando do técnico Leonardo Miglinas e da auxiliar Poliana.

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O técnico Miglinas diz que esta é a melhor e equipe que embarca para um nacional nos últimos tempos. “Estão todos muito motivados. Vamos com seis atletas, estamos treinando todos os dias e essa é a melhor temporada da nossa história”, disse.

A equipe é bem mista, composta por veteranos que já conquistaram muitas medalhas como Tiozinho e Marquinhos; a medalhista de prata dos Jogos Paralímpicos e atleta da seleção permanente, Patrícia dos Santos e estreantes cheias de sonhos, como Laís Amorim e Nathália Torezani.

Nathália, de 39 anos, começou no esporte em março e vai nadar os 50m livre. Desde sua primeira braçada, identificação e amor à natação. Um talento nato que viaja para São Paulo para disputar seu primeiro brasileiro. A nadadora ficou paraplégica em 2001, quando caiu de uma tirolesa.

“A natação foi uma forma de lidar com a morte da minha mãe. Eu me encontrei na natação. Aqui as coisas aconteceram depressa. Entrei na piscina por indicação e duas semanas depois estava nadando na piscina maior e em seguida, fui para o campeonato regional, onde conquistei duas medalhas, incluindo uma prova que nunca tinha treinado: os 100m livre”, contou.

Nathália revelou que está viajando com os pés no chão, cabeça tranquila e com foco em baixar seu tempo. Quando perguntada sobre o que a natação representa em sua vida, ela diz: ”Ainda não consigo mensurar os benefícios que a natação traz para mim. Estou apenas descobrindo. Hoje saio mais de casa, conheci pessoas maravilhosas que possuem a história de vida bem mais complicada que a minha. Elas dão um chega para lá nas adversidades nadando. É isso que estou fazendo: me descobrindo como atleta e me tornando uma pessoa melhor”.

Saiba mais sobre a modalidade paralímpica

As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do tapper, por meio de um bastão com ponta de espuma quando estão se aproximando das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

No total, o Brasil já conquistou 102 medalhas na natação em Jogos Paralímpicos, sendo 32 de ouro, 34 de prata e 36 de bronze. É a segunda modalidade que mais medalhas deu ao Brasil nas Paralimpíadas, atrás apenas do atletismo (142).

As classes sempre começam com a letra S (swimming). O atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).

O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que, quanto maior a deficiência, menor o número da classe.

 

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