A presidente afastada fará sua defesa diante de 81 senadores
A presidente afastada Dilma Rousseff vai hoje (29) ao plenário do Senado, apresentar a sua defesa no processo de impeachment diante de uma plateia formada por 81 senadores, quatro presidentes e ex-presidentes de partidos e 18 ex-ministros.
Pela programação, o depoimento da presidente afastada começará às 9h e ela terá direito a 30 minutos de fala, prorrogáveis a critério do presidente da sessão, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após o término da fala de Dilma, terão início os questionamentos dos senadores, com cinco minutos de pergunta para cada parlamentar. O tempo de resposta de Dilma é livre e não será permitida réplica e tréplica. A presidente afastada também poderá deixar de responder às indagações dos parlamentares.
Dos 81 senadores que irão julgar Dilma Rousseff, nove são ex-ministros e a tendência é que seis deles votem pela cassação do mandato da petista: Eduardo Braga (PMDB-AM), Edison Lobão (PMDB-MA), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Marta Suplicy (PMDB-SP), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). Devem se manter contra o impeachment Kátia Abreu (PMDB-TO), Armando Monteiro (PTB-PE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).
O depoimento da presidente afastada será acompanhado por cerca de 30 convidados. Entre eles estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, Rui Falcão, do PDT, Carlos Lupi, vários ex-ministros do governo, além de assessores e outras pessoas próximas. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou à disposição da acusação de Dilma o mesmo número de cadeiras que disponibilizou para a petista. A expectativa é que o depoimento e os questionamentos se estendam até a noite.