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sexta-feira, 29 março, 2024

Coma carboidrato para manter a saúde

Dietas extremamente restritivas podem comprometer a segurança alimentar e nutricional. Veja o motivo.

Dietas que cortam o carboidrato da alimentação restringem o acesso a componentes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Dessa forma, regimes extremamente restritivos, como a dieta sem carboidrato, podem causar danos à saúde.

“As dietas muito restritivas deixam de fora da alimentação algum grupo de alimentos. Isso pode ser perigoso para a saúde, pois, a longo prazo, pode causar a deficiência de alguns nutrientes essenciais para o organismo, como vitaminas, minerais e aminoácidos”, explica a analista técnica de Políticas Sociais, Simone Costa Guadagnin, da Coordenação de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

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De acordo com o Guia alimentar para a população brasileira, uma alimentação saudável é harmônica em quantidade e qualidade e deve atender aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer. “Em contrapartida, as dietas da moda usualmente se limitam a considerar apenas a ingestão de nutrientes e calorias e não considera a individualidade de cada um e o contexto em que vive”, ressalta Simone.

Segundo a especialista, dietas que prometem redução de peso de forma rápida e sem sacrifícios tendem a fugir do costume alimentar das pessoas. Por isso, dificilmente conseguem ser mantidas a longo prazo. “Inicialmente pode haver resultados rápidos, especialmente na perda de peso, causados pelo entusiasmo inicial. Mas depois as chances de recuperar o peso perdido são grandes”, alerta.

Diminuição da energia e do rendimento físico

O carboidrato, encontrado em maior quantidade nos pães, cereais e massas, auxilia na recuperação muscular e é a primeira fonte de energia para os músculos. Portanto, a presença de carboidratos na alimentação, nas quantidades adequadas, não provoca aumento da gordura corporal.

“O carboidrato é a principal fonte de energia para o organismo, por isso pode ser prejudicial para quem exclui da alimentação a longo prazo. No caso de praticantes de atividades físicas, a restrição do componente pode ter um impacto negativo ainda maior”, sinaliza Simone.

A ingestão elevada de proteínas, característica das dietas com restrição de carboidratos, pode provocar sobrecarga renal e a desregulação do organismo, além de efeitos desagradáveis como desidratação e desmaios.

Dietas restritivas podem levar ainda a à cetoacidose, caracterizada por hiperglicemia (alta taxa de glicose no sangue), vômitos, dificuldade respiratória, entre outros sintomas, informa o material de apoio para profissionais de saúde Desmistificando dúvidas sobre alimentação e nutrição.

Regimes que restringem carboidrato, além da dificuldade de serem mantidos em longo prazo, não promovem a adoção de uma alimentação adequada e saudável e a adoção de outros hábitos de vida saudáveis. Por isso, podem provocar ganho de peso subsequente.

Pesquisa com indivíduos que adotaram a dieta Dunkan (rica em proteínas, restrita em gorduras e com baixo teor de carboidratos) mostrou que, aproximadamente, 75% retornam ao peso anterior.

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