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terça-feira, 19 março, 2024

Convite a uma reflexão sobre os desafios da gestão do resíduo plástico

O princípio da autorresponsabilidade se encaixa perfeitamente aqui.

Já parou para pensar na quantidade de resíduo plástico que você produz? Esse, sem dúvidas, pode não ser um questionamento recorrente. Um estudo recente, feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostra que cada brasileiro produz 1 Kg de plástico por semana. Números podem servir de alerta, ao passo que impactam e nos ajudam a repensar os hábitos que levam a esse resultado.

As dimensões continentais do Brasil revelam seu poder de grandeza não somente em território. A mesma pesquisa aponta que ocupamos o 4º lugar como maior produtor de resíduo plástico do mundo – por ano são 11.355.220 milhões de toneladas – ficamos atrás somente dos Estados Unidos, China e Índia. Apenas 145.043 toneladas desse total são recicladas, ou seja, 1%. E mais: 2,4 milhões de toneladas têm destino irregular.

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O combate a esse tipo de resíduo no mar é um dos principais desafios da gestão ambiental contemporânea. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, estima-se que 4,8 a 12,7 milhões de toneladas entraram nos oceanos em 2010 – o equivalente a até 4,6% de todos os resíduos plásticos gerados em 192 países avaliados.

Convite a uma reflexão sobre os desafios da gestão do resíduo plástico
Na Marca Ambiental 45.000 sacolas são produzidas por dia, utilizando como matéria-prima o plástico de baixa densidade – PEBD. A reciclagem permite o retorno desse resíduo ao ciclo produtivo.

Garrafas PET têm tempo de degradação superior a 400 anos e sacolas levam até 20 anos. O tempo corre, mas os rastros danosos se perpetuam por gerações. Tratar esse assunto tão delicado vai além de uma questão ambiental, que atinge a todo o ecossistema marítimo. Essa também é uma pauta social, de saúde pública e cultural.

O que polui, sem dúvidas, é o descarte incorreto. O tema merece lugar em debates, desde as rodas de conversa entre amigos, até a mesa do trabalho. População e governos precisam se atentar ao fato de que cada um possui sua parcela de responsabilidade para que a realidade mude.

Praticar o descarte consciente precisa entrar na equação. Só assim o plástico deixará de ser um grande vilão. Em todo o país, são quase 80 milhões de resíduos sólidos por ano e iniciativas comuns, como separar o lixo e usar adequadamente os pontos de descarte, ainda são pouco praticadas.


Mirela Souto, gestora de comunicação da Marca Ambiental.

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