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quinta-feira, 28 março, 2024

Coreia do Norte lança novo míssil balístico

O lançamento do míssil balístico é entendido como “provocação” de Kim Jong-Un, que já declarou o desafio de e ter a capacidade de atingir o território dos Estados Unidos com uma bomba nuclear.

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico nesta segunda-feira (29) – noite de domingo no Brasil, direto da capital Pyongyang. O lançamento, anunciado por fontes de Defesa de Seul, Tóquio e Washington, faz parte de um objetivo declarado do líder Kim Jong-Un. O enigmático ditador quer desenvolver um míssil balístico intercontinental, capaz de transportar uma ogiva nuclear até os Estados Unidos

Mísseis já lançados e a ameaça de novo teste nuclear provocou apelos por sanções mais severas da Organização das Nações Unidas (ONU). Também desencadearam uma nova advertência do presidente americano, Donald Trump, de uma possível intervenção militar.

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O último lançamento de míssil – de um modelo ainda não identificado – foi realizado perto da cidade costeira de Wonsan, na Coreia do Norte, por volta das 05h09 locais (18h39 de domingo, hora de Brasília), informou o chefe de estado-maior de Seul.

O míssil foi transportado para o leste. “O alcance era de uns 450 quilômetros”, informou o comunicado, destacando que especialistas sul-coreanos e norte-americanos tentam analisar em detalhe o lançamento.

Monitoramento

Coreia do Norte lança novo míssil balístico

De acordo com chefe de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, o míssil “aparentemente caiu em sua Zona Econômica Exclusiva”, que se estende até 200 milhas náuticas da costa japonesa. “Nosso país nunca poderá tolerar as ações provocadoras da Coreia do Norte.”

Em Washington, segundo o Comando do Pacífico norte-americano, o míssil de curto alcance foi rastreado durante seis minutos até cair no Mar do Japão. Não foi considerado uma ameaça para a América do Norte.

O comando anunciou ainda que trabalha em uma avaliação mais detalhada do lançamento e que continua monitorando de perto as ações da Coreia do Norte. “O Comando do Pacífico dos Estados Unidos apoia o firme compromisso com a segurança dos nossos aliados na República da Coreia e no Japão.”

O novo presidente sul-coreano, Moon Jae-In, ordenou a realização de uma reunião do conselho nacional de segurança para abordar o disparo, noticiou a Yonhap.

Sanções

Importantes sanções econômicas impostas pela ONU já mantém a Coreia do Norte praticamente isolada do mundo. O Conselho de Segurança da ONU adotou duas séries de sanções em 2016 para impedir que haja recursos necessários para desenvolver os programas militares. Mesmo assim, dois testes nucleares e dezenas de lançamentos de mísseis foram realizados de Pyongyang este ano.

Os dirigentes do G7 qualificaram os testes nucleares e de mísseis norte-coreanos como “ameaça grave”, e se mostraram dispostos a reagir. A China, principal aliada e parceira comercial da Coreia do Norte, com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, prefere estabelecer um diálogo diplomático com Pyongyang e não impor novas sanções.

Os Estados Unidos indicaram que não descartam a possibilidade de negociações, mas exigem como condição o fim dos testes nucleares. O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, assegura que o regime precisa de armas nucleares para se proteger da ameaça de uma invasão.

Arsenal

Donald Trump advertiu que todas as opções estão na mesa no momento de abordar o programa norte-coreano. Embora por enquanto Washington tenha se limitado a estabelecer sanções e pressão diplomática, o presidente norte-americano não descartou a possibilidade de intervenção militar.

Há anos, Pyongyang conta com mísseis capazes de atingir a Coreia do Sul – foguetes Scud com alcance de 500 km – e o Japão – mísseis Rodong com alcance de 1.000 a 3.000 km.

O Hwasong-12, testado anteriormente este ano, tem alcance estimado em 4.500 km e pode, ao menos em teoria, atingir as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico.

O ditador norte-coreano costuma fazer ameaças apocalípticas aos vizinhos do sul. E o alto grau de “incerteza” quanto às possibilidades de ataque, assustam moradores dos dois países e autoridades do mundo todo.

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