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quinta-feira, 25 abril, 2024

Espírito Santo sofre com áreas de solo degradado

O assunto é ainda mais difundido nesta segunda-feira (15), quando é celebrado o Dia Mundial de Conservação do Solo

O Espírito Santo apresenta mais de 393 mil hectares de áreas degradadas, sendo 61% ocupadas com pastagem, segundo informações do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

E a degradação dos ecossistemas agrícolas é um dos temas mais importantes tratados, principalmente por conta do Dia Mundial de Conservação do Solo, celebrado nesta segunda-feira (15).

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No Brasil, a data foi oficializada por meio do decreto de lei nº 7.876, de 13 de novembro de 1989. A criação foi uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e visa o combate e conscientização sobre o que provoca a poluição do solo.

E pensando neste assunto, o Incaper iniciou no ano passado uma pesquisa que tem feito a diferença em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. O trabalho está sendo desenvolvido pelo pesquisador do Incaper, Gustavo Soares de Souza e é realizado desde janeiro de 2017, na Fazenda Experimental Bananal do Norte (FEBN), e tem potencial de ser aplicado em toda a Bacia do Rio Itapemirim.

Na pesquisa estão sendo testados tipos de preparo de solo como aração do solo em nível e morro abaixo e o plantio direto, sem preparo do solo. Esse trabalho visa a comparar o efeito de sistemas de manejo sobre a qualidade do solo, as perdas de solo e água (erosão) e o desenvolvimento da pastagem.

“Espera-se nesta pesquisa, que a semeadura direta realizada após a correção da fertilidade do solo e o consórcio da pastagem com eucalipto e gliricídia promovam melhorias na qualidade do solo, reduzam as perdas por erosão hídrica sem redução significativa na produtividade da pastagem. Espera-se ainda que o preparo do solo em nível com tração animal minimize o processo erosivo em relação à aração morro abaixo”, explicou Gustavo.

Análise do solo

De acordo com o Incaper, antes de plantar é necessário conhecer o solo que receberá as sementes. Conhecer as características, as limitações e índice de fertilização são fundamentais, assim pode-se evitar desequilíbrios ambientais.

O instituto recomenda, por meio de seus profissionais, a análise química do solo nas propriedades rurais. Tal ferramenta é extremamente importante para os produtores rurais, uma vez que determina os teores de nutrientes e as características que podem influenciar a disponibilidade dos nutrientes para as plantas.

Práticas de conservação

Antes de mais nada, é necessário ter um preparo do solo. Para isso, o plantio direto, sem revolvimento do solo, é uma prática conservacionista muito utilizada em áreas com produção de grãos é a mais indicada.

A tração animal é outra prática de preparo que diminui a compactação e favorece a infiltração de água no solo. Com isso, auxilia no controle da erosão, além de proporcionar melhores condições físicas do solo para o desenvolvimento das raízes das forrageiras.

Outro sistema recomendável é o silvipastoris, ou seja, que consorciam pastagem com espécies florestais é apontado como uma opção viável para a recuperação de pastagens em processo de degradação pelo maior aporte de resíduos orgânicos no solo, ciclagem de nutrientes e auxílio no controle da erosão.

Além disso, melhora o microclima local, o que aumenta a umidade do solo e o conforte térmico para os animais, principalmente em locais de clima tropical.

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