A medida, adotada pelo Governo Federal para aquecer as vendas, gerou resultados positivos no Espírito Santo.
A medida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para automóveis, que foi prorrogada até outubro, contribuiu para reverter os resultados negativos que o comércio passava no início do ano, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio/ES).
Como efeito dessa medida, nos meses de junho e julho o Espírito Santo obteve um aumento de 28,96% nas vendas, com a comercialização de 14.483 automóveis e comerciais leves, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores do Espírito Santo (Fenabrave/ES). No mesmo período do ano passado, esse número foi de 11.231.
De acordo com o presidente da Fecomércio/ES, Jose Lino Sepulcri, é importante observar que a indústria precisa de um tempo para reagir ao aumento de demanda após a adoção de medidas de incentivo, como foi a redução do IPI. Ele lembra que se trata de uma cadeia produtiva que se movimenta a cada cenário novo. “Essas medidas paliativas do governo não permitem expectativa ao empresário para grandes investimentos e não dá margem de segurança. Mas se o mercado não tiver esse incentivo, as vendas poderão voltar a cair novamente”, destaca Sepulcri.
O consumidor capixaba também aproveitou a redução do IPI para comprar produtos de linha branca (refrigeradoras, máquinas de lavar roupas, fornos e fogões). Para estes produtos, o benefício foi prorrogado até dezembro. De acordo com pesquisa feita pela Gfk, empresa de pesquisa de mercado, o faturamento da linha cresceu 13,2% no primeiro semestre, comparado com o mesmo período do ano passado.