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quinta-feira, 28 março, 2024

Cientistas dizem que mutação do zika causou surto de microcefalia fetal

A pesquisa comparou a ação do vírus que circulou nas Américas entre 2015 e 2016 com amostra anterior do zika.

Uma mutação genética, provavelmente ocorrida em 2013, deu ao vírus da zika a capacidade de causar microcefalia fetal severa. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada na revista Science pela Associação Americana para o Avanço da Ciência. Os resultados do estudo divulgado nessa quinta-feira (28) esclarecem como o vírus evoluiu. Passou de uma doença relativamente inócua para um patógeno de preocupação global.

Desde 2016, as epidemias de vírus da zika nas Américas foram declaradas uma emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os cientistas não puderam determinar como o vírus, que causava infecções leves, passou a desencadear síndromes neurológicas severas.

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O pesquisador Ling Yuan detectou uma mutação crítica que conferiu ao vírus a capacidade de causar microcefalia por infecção fetal em ratos. O estudo aconteceu na Academia das Ciências de Pequim. A equipe de Yuan comparou as cepas contemporâneas do vírus da zika, das epidemias sul-americanas de 2015 e 2016, com um vírus cambojano ancestral que circulava em 2010.

A publicação detalha: “Essa mutação fez com que o vírus fosse mais letal para as células precursoras de neurônios humanos em cultivo em comparação com a forma ancestral”.

A zika, assim como dengue, a chicungunha e a febre amarela urbana são transmitidas pelo Aedes aegypti. A quantidade desse mosquito se multiplica com a chegada do verão. A época oferece condições para a reprodução: temperaturas elevadas e focos de água limpa e parada devido às chuvas.

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