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quarta-feira, 24 abril, 2024

Capixabas relatam o clima de tensão entre os tailandeses

Chega a oito o número de resgatados na caverna da Tailândia, no Sudeste Asiático. Quatro jovens, além do treinador, permanecem presos no local

Há nove meses residindo na Tailândia, o capixaba André Marion contou com exclusividade à ES Brasil sobre sua perspectiva sobre o drama vivido pelos 12 meninos presos na caverna na província de Chiang Rai. “Os tailandeses estão muito otimistas, apesar da aflição por conta da chuva, sabemos que é uma corrida contra o tempo. Um fator positivo é que os meninos foram preparados para fazer um piquenique, então eles tinham bastante comida”, explica.

O oitavo menino foi tirado da gruta e encaminhado para o Hospital Chiangrai Prachanukroh, onde se encontram as outras vítimas que, segundo as autoridades, passam bem.

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“O povo Tai é muito alegre, muito pra cima. Eles são bastante conectados com a natureza, e é muito comum esse tipo de atividades por aqui. Eu mesmo saio aos fins de semana, vou para as cachoeiras, e eles estão sempre lá. As famílias todas reunidas, então é um tipo de atividade muito comum aqui. Não foi a primeira vez que essas crianças estiveram por lá e infelizmente aconteceu isso”, lamenta.

Apaixonado por explorar lugares diferentes, André deixou sua vida em Vitória (ES) em busca experiência profissional em algum outro lugar do mundo. “Aqui é onde está a maior comunidade de nômades digitais. É um país barato, seguro e que recebe todo mundo de braços abertos”, explica Marion.

Capixabas relatam o clima de tensão entre os tailandeses
Capixaba André Marion em Chiang Rai, na Tailândia. Foto: Arquivo Pessoal

O brasileiro atualmente trabalha como professor de matemática na PRC, uma das maiores escolas do país, e disse que o caso o comoveu, porque além de lidar com crianças, ele também costuma fazer trilhas.

“A partir do momento que eles foram achados, todo mundo ficou muito aliviado, mas quando começamos a ver notícias de como seria difícil tira-los de lá, surgiu a preocupação. Mesmo assim, o clima por aqui é de otimismo”, conclui o brasileiro.

Outra capixaba que conversou com a nossa equipe foi Elisa Dell’Antônio, que reside no país. A brasileira conta com otimismo a espera de um desfecho feliz dessa história.

“Um amigo tailandês me explicou que houveram apenas três vezes em que o país se comoveu desta forma: durante o Tsunami de 2004; em luto pela morte do rei ano passado e dessa vez com a tragédia dos meninos”, explica a jovem.

O caso

Desde o dia 23 de junho, 12 meninos e seu técnico de futebol ficaram nove dias desaparecidos numa caverna na Tailândia. O drama está sendo acompanhado em todo o mundo.

Com idades entre 11 e 16 anos, e o seu técnico de 25 anos, foram localizados nas profundidades da gruta até que dois mergulhadores britânicos localizaram o grupo no dia 2 de julho.

Abatidos, eles estavam sobre uma rocha a mais de quatro quilômetros da entrada da gruta. Devido à ameaça de chuvas e tempestades, as autoridades decidiram começar o resgate ontem (08). Na operação, estão envolvidos 90 mergulhadores, sendo 50 estrangeiros e 40 tailandeses.

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