46% dos consumidores consideram que atualmente está difícil tomar crédito. Indicador se manteve estável em 27,5 pontos em maio e 57% planejam reduzir gastos em julho.
O Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas revela que 25% dos brasileiros tiveram crédito negado no último mês de maio.
A principal razão para a negativa foi o fato de estarem com o nome inserido em cadastros de inadimplentes (10%) ou a falta de comprovação de renda (4%).
46% dos brasileiros consideram ‘difícil ou muito difícil’ contratar empréstimos ou linhas de financiamento.
Para a economista Marcela Kawauti, a facilidade na obtenção de crédito nem sempre representa algo positivo para o consumidor.
“Crédito fácil e desburocratizado pode parecer algo positivo. A contrapartida da agilidade e do crédito farto é a cobrança de taxas de juros muito elevadas”.
Seis em cada dez consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de maio, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito.
O restante (42%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período.
Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as modalidades mais usadas no último mês.
O cheque especial foi citado por 7% da amostra. Há ainda, 5% de consumidores que recorreram à empréstimos e 4% que buscaram financiamentos.
Em maio, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a propensão ao consumo, marcou 27,5 pontos, estável em relação aos 27,6 pontos observados em abril.
Entre os brasileiros que se utilizaram do cartão de crédito (35%) em maio, a minoria (23%) conseguiu diminuir o valor da fatura.
Para 38% ela se manteve em patamar estável na comparação com o mês anterior, ao passo que 33% observaram aumento no valor utilizado.
Desconsiderando os que não souberam responder o valor exato que gastaram no cartão (30%), o valor médio reportado pelos entrevistados foi de R$ 933.
As compras de supermercados lideraram entre os itens mais adquiridos via cartão de crédito, com 65% de menções.
Gastos com remédios e farmácia (52%), roupas, calçados e acessórios (37%), combustível (35%) e gastos com bares e restaurantes (28%).
De acordo com o Indicador de Propensão ao Consumo, apenas 16% dos consumidores brasileiros estão com as contas no azul.
A maior parte (42%) admite não sobrar e nem faltar dinheiro, enquanto 34% estão no vermelho e não conseguem pagar todas as contas com a renda que possuem.
Os produtos que os consumidores planejam adquirir ao longo do mês de julho são: remédios (23%), roupas, calçados e acessórios (20%).
A maioria dos consumidores pretende cortas gastos no mês de julho. A redução da renda e o desemprego foram as razões apontadas por 37% dos que vão reduzir o consumo.
