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quarta-feira, 24 abril, 2024

Aumento de impostos sobre bebidas prejudicará pequenas empresas

Aumento de impostos sobre bebidas prejudicará pequenas empresasDe acordo com a Afrebras, fabricantes regionais de refrigerantes pagarão a conta da renúncia fiscal do novo pacote de incentivo à indústria

Para compensar a renúncia fiscal do novo pacote de estímulo à competitividade industrial, lançado ontem pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo irá aumentar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) das bebidas frias e, com isso, dá sentença de morte às pequenas empresas de refrigerantes, segundo a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil – Afrebras.

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“Não podemos concordar com essas medidas que estão indo na contramão de uma solução setorial. Ao aumentar os impostos de forma igual para todo o setor de bebidas, o governo está colocando nas costas dos pequenos fabricantes de refrigerantes a responsabilidade de compensar essa renúncia fiscal do plano de incentivo. O correto seria cobrar das grandes corporações do setor os impostos devidos que não são pagos efetivamente”, argumenta o presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros.

O aumento dos impostos para bebidas foi anunciado pelo Ministério da Fazenda como forma de compensar a perda da arrecadação com o plano de incentivos à indústria, que chegará a R$ 60,4 bilhões.

“Ao invés de ser um alívio para o setor industrial, cada nova medida tomada pelo governo federal causa mais apreensão. Nunca se sabe qual será o próximo golpe para derrubar os pequenos fabricantes de refrigerantes do mercado”, desabafa o presidente da Associação. De acordo com a entidade, o Ministério da Fazenda tem conhecimento da necessidade de salvar as pequenas empresas de refrigerantes, mas não se sensibiliza na hora de formalizar os incentivos.

Como tentativa de resolver a atual situação, a Afrebras encaminhou um ofício ao Ministério da Fazenda solicitando que as empresas regionais de refrigerantes sejam beneficiadas pela desoneração de impostos sobre a folha de pagamento e alertando, mais uma vez, sobre o impacto que o aumento de impostos terá para essas empresas. “Até agora nossas tentativas estão sendo em vão. Temos a impressão de que quanto mais alertamos, mais o Ministério da Fazenda age de forma contrária, para exterminar de uma vez nossas empresas. Nossos apelos têm sido no sentido de manter os milhares de empregos gerados pelas empresas regionais de bebidas e de salvar as fábricas. No entanto, o governo parece não contabilizar essas perdas sociais”, finaliza Bairros.

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