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quinta-feira, 28 março, 2024

Competitividade: a agenda da economia mundial

O Índice de Competitividade Mundial 2018 (ICM) mostrou que dentre as 140 economias analisadas, as 10 mais competitivas são EUA, Singapura, Alemanha, Suiça, Japão, Holanda, Hong Kong, Grã Bretanha, Suécia e Dinamarca. Nenhuma novidade porque são mercados desenvolvidos

Nesse ranking, o Brasil é a 72ª. Seus pares na América latina, Argentina, é a 81ª do ranking, o Chile 33ª, México 46ª, Colômbia 63ª e Peru 63ª. No BRICS, Rússia 43ª, China é 28ª, Índia 58ª, África do Sul 67ª.

O estudo também dimensiona o impacto da 4ª revolução industrial, em curso, para os projetos de desenvolvimento dessas economias, ressaltando o papel da inovação para assegurar competitividade.

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Esse o direcionamento associa os tradicionais elementos infraestrutura física, estabilidade macroeconômica e segurança jurídica à valorização do papel do capital humano, da cultura empreendedora, e da resiliência para garantir um ambiente de negócios dinâmico, capaz de fomentar a inovação e tornar as economias mais competitivas. Competitividade sustenta crescimento de longo prazo.

Essa leitura da situação é motivada pela disparidade  dos desempenhos das economias entre regiões e entre países.

Por exemplo, Europa e América do Norte, abrigam 7 das 10 economias mais competitivas.

Mas na União Europeia há níveis diferentes de competitividades entre grupos de países.

A Turquia, por exemplo, ocupa a posição 116ª.

O Leste Asiático e Região do Pacífico, abrigam 3 das 10 economias mais competitivas – mas Coreia, 15ª economia mais competitiva, contrasta com a Índia, 58ª, mesmo que ela tenha um setor de Tecnologia da Informação bastante desenvolvido.

E no Sudeste Asiático, Singapura, 2ª economia mais competitiva, contrasta com Lao, 112ª.

Em outro ângulo, 17 das 34 economias mais competitivas do sub-saara estão entre as 20 menores economias mundiais.

Na América Latina, o Chile, 33ª em competitividade, contrasta com Haiti, 138ª.

Nesse sentido, todas as economias ainda precisam dedicar muita atenção para os fatores que desenvolvem competitividade e investir pesadamente neles de maneira que sejam capazes de sustentar desempenhos crescentes e contínuos

Dentro do G20, tem os EUA, 1º lugar no ranking da competitividade, e Argentina, 81ª, pior desempenho desse grupo. No pilar qualidade da saúde pública, o Japão, é o 1º lugar dentre as 140 economias; e a África do Sul, 127º.

Nesse grupo, em termos de capacidade para inovar, se por um lado EUA,  Alemanha, Japão, Grã Bretanha, e Coreia são líderes em inovação; China, Itália, Índia, Rússia e Austrália ainda precisam melhorar muito.  Assim como o Brasil, que é líder na América do Sul em capacidade inovadora, e ocupa a 40ª posição em termos mundiais.

Nesse sentido, todas as economias ainda precisam dedicar muita atenção para os fatores que desenvolvem competitividade e investir pesadamente neles de maneira que sejam capazes de sustentar desempenhos crescentes e contínuos.

Parte do baixo ritmo da economia mundial pode ser explicada pelas limitações à inovações. Essas limitações, por sua vez, são resultados das condições institucionais domésticas, que não percebem o papel do mercado externo, do capital humano e da segurança jurídica para impulsionar desenvolvimento. Assim, os entraves não são por acaso.


Arilda Teixeira é economista e professora da Fucape


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