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terça-feira, 23 abril, 2024

A tecnologia contra a evasão escolar

A cada início de ano é uma corrida contra a evasão escolar a preocupação das instituições de Ensino está sempre voltada por aumentar ou manter a quantidade de matrículas

Na corrida contra a evasão, a cada início de ano a preocupação das instituições de ensino está sempre voltada por aumentar ou manter a quantidade de matrículas, tentando evitar os motivos que levam os alunos a trocarem ou abandonarem as salas de aula. Com crianças, jovens e adultos cada vez mais digitais, a tecnologia, hoje, convive com os livros para deixar as aulas mais atrativas aos alunos. O resultado é a possibilidade de uma educação focada nas peculiaridades de cada um dentro da sala de aula, gerando um maior interesse e índices menores de evasão.  

Ao mesmo tempo, no lado administrativo, as organizações buscam caminhos para garantir a sustentabilidade financeira das instituições. Fatores pessoais, acadêmicos e/ou econômicos são indicados por pesquisas como os três principais motivos que levam alunos a mudarem de instituição, sendo o último responsável por 60% das evasões. Em 2016, quase 3 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior. Desse total, 82,3% em instituições privadas de acordo com o Censo da Educação Superior 2016.

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“Nas universidades privadas, a desistência foi de 53%, enquanto nas universidades públicas, a taxa de desistência foi de 47% nas municipais, 38% nas estaduais e 43% nas federais”.

Os números também mostram que, nas instituições privadas, 30% dos alunos desistem do curso já no segundo ano, enquanto nas instituições públicas a taxa é de 19%. 

Na busca por entender o comportamento dos alunos para conseguir evitar o abandono, a tecnologia tem sido a melhor aliada das instituições brasileiras. Softwares de gestão e até mesmo a inteligência artificial têm permitido descobrir padrões de comportamento que, de outra maneira, seriam invisíveis para a análise humana. A chamada Analítica de Aprendizagem é a abordagem em que os dados dos alunos são compilados para prever comportamentos que sejam comuns, para prever situações.

A avaliação pode começar até mesmo com o histórico escolar: notas, aproveitamento de matérias, falta às aulas, chegando ao histórico financeiro dos alunos. A partir daí, o gestor tem a possibilidade de, através da tecnologia, saber quantos alunos correm o risco de abandonar a escola e/ou universidade e qual seria o impacto financeiro dessa desistência.

Em sala de aula, as diferentes formas de aplicação da tecnologia na personalização do ensino são inúmeros. Nos Estados Unidos, por exemplo, plataformas já conseguem identificar passo a passo o processo mental dos alunos no aprendizado por meio da análise de milhares de horas de aula. Desta maneira, é possível oferecer tutorias virtuais e materiais didáticos adaptados para cada aluno, para, assim, apoiar os professores e descobrir meios mais efetivos de ensinar a cada estudante, de acordo com suas características.

O Brasil e o Espírito Santo podem ainda não terem chegado neste degrau de evolução tecnologia. Mas o caminho é certo: nada como a tecnologia para chegarmos a frente, oferecendo educação diferenciada e lutando contra a evasão. E isso é apenas o começo de um novo modelo de ensino, para uma nova sociedade. Seja, na sala de aula, na gestão pedagógica ou administrativa, o futuro da educação passa, sem dúvida, pela tecnologia.

Eduardo Couto é economista e especialista em Tecnologia de Gestão


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