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quinta-feira, 18 abril, 2024

2016: O ano das Olimpíadas

A realização dos Jogos Olímpicos Rio-2016, entre os dias 5 e 21 de agosto, deixou uma marca muito positiva para o Brasil perante o mundo, devido ao sucesso do evento em meio a tantos questionamentos negativos acerca da segurança dos atletas e da infraestrutura local.

E mesmo que não tenha ficado entre os 10 mais bem colocados no ranking de medalhas – o país ocupou na 13ª posição, com um total de 19 conquistas –, o Brasil deu um show de simpatia e irreverência, principalmente por conta da torcida, que lotou as arenas para vibrar pelos atletas.

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Muito elogiada pela crítica especializada e pela imprensa nacional e internacional, a abertura do evento reuniu boa parte dos ritmos brasileiros, como samba, funk, maracatu e bossa nova, para contar um pouco a história do país. Uma apresentação que chamou atenção de todos, a exemplo da Rede BBC, que destacou a beleza da cerimônia com um tuíte em sua conta no microblog: “Não sei quanto a vocês, mas nós estamos impressionados até agora pela #CerimoniadeAbertura da #Rio2016. Uau!”.

O desempenho e o esforço dos atletas brasileiros foram outros pontos fortes. O ouro veio em sete modalidades esportivas – judô e vela (feminino), atletismo, boxe, vôlei de praia, futebol e voleibol (masculino), enquanto2016: O ano das Olimpíadas que a prata foi obtida em seis (tiro esportivo; ginástica artística solo e argolas; canoagem individual e dupla – masculino; e vôlei de praia feminino) e o bronze em cinco – ginástica artística solo; canoagem; taekwondo (masculino); maratona aquática (feminino); e judô (feminino e masculino).

Representantes do Estado se destacam
O maior evento esportivo do mundo contou com a participação de 12 representantes do Estado, alguns que buscaram novos rumos em outras regiões do país e do mundo, e outros que escolheram as terras capixabas para desenvolver suas habilidades no esporte.

No vôlei de praia masculino, o grande destaque ficou para a dupla Alison e Bruno, que levou a melhor sobre os italianos Lupo e Nicolai. “É a realização de um sonho poder disputar uma Olimpíada em casa e ainda por cima ganhar uma medalha de ouro. Só tenho a agradecer a todas as pessoas que me ajudaram a chegar até aqui: profissionais, parceiros, amigos, colegas fora de quadra… Essa equipe, que é toda capixaba, fez por merecer, e isso é incrível”, revelou Alison, na época, à revista ES Brasil.

No vôlei de praia feminino, a dupla Talita e Larissa não teve tanta sorte assim, ao perder a medalha de bronze na disputa contra as americanas Walsh e Ross. E o sonho de subir ao pódio em Tóquio pode nem vir a se concretizar, visto que as duas atletas já demonstraram interesse em se tornarem mães. Além delas, quem talvez não venha a disputar os Jogos no Japão é a atleta de handebol Alexandra Nascimento, que foi integrante da seleção brasileira da modalidade, eliminada pela Holanda nas quartas de final.

Única representante individual do Brasil na ginástica rítmica nas Olimpíadas, Natália Gaudio encerrou sua participação nos Jogos Rio-2016 na 23ª colocação entre as 26 que disputavam uma vaga na final. Ainda na ginástica artística, o Espírito Santo também contou com a participação de outras duas jovens atletas, Emanuelle Lima e Francielly Machado, que, mesmo se apresentando bem juntas, não conseguiram trazer uma medalha para casa.

No futebol masculino, o capixaba Luan Garcia fez parte do time que conquistou a tão sonhada e aguardada medalha de ouro, após vencer a Alemanha nos pênaltis por 5 a 4, levando toda a torcida presente no Maracanã a gritar “É campeão!”.

A natação brasileira passou longe de um grande desempenho, mas o capixaba João Gomes não tem do que reclamar: afinal, o representante nos 100m peito conseguiu alcançar o melhor resultado da delegação, com um quinto lugar. Já a nadadora Daiene Dias, apesar de ter ficado de fora da final, mostrou-se muito satisfeita com o 14º lugar. “Estou feliz por estar entre as 16 melhores do mundo. Gostaria de agradecer a todos que torceram por mim”, disse na época.

Atletas paralímpicos dão show
O Brasil deu um show nos Jogos Paralímpicos 2016, conquistando um total de 72 medalhas na competição: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. O evento esportivo, realizado entre os dias 7 e 18 de setembro, contou com a participação de sete paratletas capixabas (entre nascidos no Espírito Santo e outros que adotaram o Estado de coração) defendendo as cores do país em quatro modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, goalball e natação.

Uma das medalhas de ouro veio com a equipe brasileira de atletismo, que conta com o capixaba Daniel Mendes. A conquista no revezamento 4×100 metros rasos veio ainda acompanhada de recorde paralímpico, com a equipe brasileira terminando a prova com o tempo de 42s37. Patrícia Pereira foi outra que trouxe uma medalha para casa, ao ganhar a prata na final disputada do 4×50 metros livres. Após o término dos Jogos, ela participou ainda do Circuito Nacional de Natação Paralímpica, nos dias 12 e 13 de novembro. A capixaba bateu duas marcas nacionais na classe S4.

Tocha olímpica percorre o Estado
A chama olímpica percorreu nove cidades do Espírito Santo, entre os dias 16 e 19 de maio, começando pelo município de Cachoeiro de Itapemirim e seguindo para Guarapari, Vila Velha, Vitória, Serra, Aracruz, Colatina, Linhares e São Mateus, antes de ir para a Bahia.

A passagem da tocha pelo Estado causou muito alvoroço entre os capixabas, que lotaram as ruas contempladas pelo trajeto para ver de perto o símbolo dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Diversas pessoas participaram do revezamento da tocha, como atletas, ex-atletas e empresários locais. Ao longo de 95 dias, 12 mil pessoas participaram do revezamento da tocha, que passou por 300 cidades e 27 estados.

Tragédia e luto no futebol brasileiro
Mesmo que tenha trazido grandes alegrias para o esporte, o ano de 2016 também foi marcado por uma tristeza sem tamanho, com a queda do avião da Associação Chapecoense de Futebol (SC), na madrugada de 29 de novembro, na Colômbia. Setenta e sete pessoas estavam a bordo do voo LM-2933, entre jogadores, jornalistas e tripulantes – 71 morreram e seis sobreviveram.2016: O ano das Olimpíadas

O acidente repercutiu não só nos grandes veículos de comunicação do Brasil, como também nos principais jornais do mundo, como o Marca (Espanha), Gazzetta (Itália), Bild (Alemanha), The Wall Street Journal (Estados Unidos), BBC (Inglaterra), entre outros, que estamparam a notícia em suas capas.

Isso sem contar com as inúmeras homenagens feitas por times do país, que mandaram mensagens de apoio e mudaram as fotos de suas páginas nas redes sociais para o escudo da “Chape”. A solidariedade também pôde ser vista em outros clubes de renome do mundo, que fizeram um minuto de silêncio antes de partidas e treinos, além de usarem o emblema da Chapecoense em seus uniformes.

Esquiva Falcão se mantém invicto
O pugilista Esquiva Falcão continua invicto em sua carreira profissional após derrotar o mexicano Josue Obando por nocaute técnico em combate realizado em Laredo, no Texas (EUA), em outubro. A ascensão no boxe profissional também pôde ser vista na vitória sobre outro mexicano, Paul Valenzuela Jr, em maio deste ano, e contra o americano Joe McCreedy, em março.

Medalhista de prata em Londres 2012, o capixaba não chegou a disputar as Olimpíadas deste ano, depois de optar pelo boxe profissional. Uma decisão que, pelo visto, não durou muito, pois ele já garantiu que vai voltar em 2020 para buscar a medalha de ouro olímpica.

Além de treinar constantemente, o pugilista também foi importante para a ascensão de outro atleta, o boxeador Robson Conceição, que fez sua estreia no boxe profissional em novembro deste ano com uma vitória. O baiano, ouro nos Jogos Rio-2016, vem sendo aconselhado e acompanhado por Esquiva.

Erick Silva vive altos e baixos
O lutador de MMA Erick Silva começou o ano mal, depois de ser nocauteado pelo francês naturalizado canadense Nordine Taleb. Vindo de uma derrota para o americano Neil Magny, o capixaba tinha na luta contra Taleb uma boa chance de se recuperar e voltar a vencer, o que não aconteceu devido a um golpe devastador logo no início do segundo round. Essa foi a sétima derrota em 25 lutas de Erick Silva e a 12ª vitória em 15 confrontos de Taleb.

Montando uma estrutura própria de treinamentos no Espírito Santo, o lutador resolveu voltar ao Estado para ficar mais perto de sua família, em Vila Velha. E pelo visto, a proximidade com os parentes e os treinos na academia Team Nogueira, na Serra, fizeram muito bem ao lutador, que superou o brasileiro Luan Chagas, no UFC Brasília, em setembro. A vitória suada causou uma fratura em dois ossos da face de Silva, que atualmente se recupera após cirurgia.

Fisiculturismo de Aracruz em destaque
Fisiculturista de Aracruz, Rayssander Mattos Vieira saiu vencedor da Noite dos Campeões, evento realizado em março deste ano, na Serra, e que valeu como seletiva para o Arnold Classic Brasil 2016, competição criada pelo astro Arnold Schwarzenegger.

Vice-campeão estadual do ano passado e campeão 2015 na cate­goria Culturismo Clássico até 1,75m de altura, Rayssander superou o vencedor de 2014 para participar de um dos maiores eventos da modalidade, realizado no Rio de Janeiro, em abril deste ano.

CT Jayme Navarro de Carvalho é entregue
As obras de reforma, ampliação e modernização do Centro de Treinamento (CT) Jayme Navarro foram entregues em julho deste ano, em solenidade que contou com a participação do governador Paulo Hartung, do secretário de Estado de Esportes e Lazer, Edilson Barboza, de atletas e da comunidade esportiva. Localizado em Bento Ferreira, na capital, o CT foi criado para se tornar o primeiro complexo esportivo do Espírito Santo para treinamento de capixabas de alto rendimento. As obras tiveram um investimento de pouco mais de R$ 6 milhões.

“A tríade que acreditamos para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento capixaba, formada por disponibilidade estrutural, investimento no ser humano e ações estratégicas continuadas e sustentáveis, é a base para se alcançar alguma mudança de perspectiva em médio e longo prazos. Com o início do novo ciclo olímpico, os próximos quatro anos tornam-se o tempo a ser utilizado como oportuno na geração desse start de mudanças necessárias, para tornar o cenário do esporte do Espírito Santo mais competitivo e mais sólido”, afirma Barboza.

Depois de reformado, o espaço recebeu as meninas da seleção brasileira de ginástica rítmica, que se prepararam para os Jogos Olímpicos entre os dias 22 e 28 de junho, além das atletas ucranianas que treinaram em solo capixaba entre 7 e 16 agosto.

Alterações no Bolsa Atleta Capixaba
O governador Paulo Hartung sancionou o Projeto de Lei (PL) 305/2016, que altera o Bolsa Atleta Capixaba. Com as modificações, poderão participar do processo de seleção do programa não só os atletas capixabas que comprovem residência mínima de dois anos, como também os esportistas que competem pelo Espírito Santo e que possuam residência comprovada de no mínimo cinco anos.

No projeto de lei também são contempladas alterações em relação à partilha de recursos. Prioritariamente, a bolsa será concedida a atletas e paratletas de alto rendimento das modalidades olímpicas e paralímpicas filiadas aos comitês Olímpico e Paralímpico Brasileiro, COB e CPB, respectivamente.

Desportiva conquista 18º título
A Desportiva Ferroviária conquistou o seu 18º título do Campeonato Capixaba. A vitória veio sobre o Espírito Santo, em partida realizada em maio deste ano, na Arena Unimed Sicoob, em Cariacica. O camisa 10 da Locomotiva, Edinho, o “Ronaldinho do Irã”, foi quem marcou o único gol do jogo em cobrança de pênalti.

As duas equipes já tinham se enfrentado no final de abril, no primeiro jogo da final. Na ocasião, a “Tiva” venceu o “Santão” pelo mesmo placar do segundo jogo (1×0), com gol do lateral direito Ramires.

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